Câmera Cine

- Entre a aquisição dos direitos sobre a vida de Micky Ward e a estreia do filme, sete anos se passaram. E a lista de quem já esteve envolvido com o projeto é extensa, já que praticamente tudo mudou ao longo desse tempo. O roteiro inicial, de Eric Johnson e Paul Tamasy, por exemplo, foi reescrito por Lewis Colick. Mais tarde, Paul Attanasio foi contratado para mexer mais uma vez no texto.

- A primeira opção de diretor era Martin Scorsese, mas Mark Wahlberg não conseguiu convencê-lo, porque Scorsese não queria dirigir outro filme sobre boxe. Já Darren Aronofsky aceitou o convite. Mas acabou saindo, um ano depois, por causa de um remake de RoboCop (que nunca saiu). Acabou fazendo O Lutador, em 2008, e depois resolveu se dedicar a um antigo projeto: Cisne Negro, que agora é um dos adversários de O Vencedor na corrida pelo Oscar de melhor filme.

- O papel do irmão mais velho já esteve nas mãos de outros. Mas Matt Damon e Brad Pitt caíram fora, abrindo espaço para Christian Bale. Michael Fassbender chegou a fazer um teste e Emily Blunt recusou o papel que acabou com Amy Adams.

- Essa é a terceira vez que Mark Wahlberg trabalha com o diretor David O. Russell. Os dois já fizeram juntos Três Reis, em 1999, e Huckabees – A Vida é uma Piada, em 2004. Mas a sugestão do nome do diretor não partiu dele e sim de Bale.

- A caracterização dos personagens foi bem convincente em disfarçar as idades reais dos atores. Afinal, se na tela Christian Bale é sete anos mais velho que Mark Wahlberg, na vida real ele tem três anos a menos que o ‘irmão’. Já Melissa Leo, que faz a mãe deles, tem uma diferença de apenas 11 anos para Wahlberg e 14 para Bale.

- Muita coisa original acabou no filme. Começando pelas câmeras que a HBO usava nos anos 90 e que aparecem durante as gravações das lutas e do documentário de Dicky e passando pelo ginásio onde Bale treina. Aquele é o Lowell West End Gym, onde o verdadeiro Micky treinava.

- E até o treinador Mickey O’Keefe aparece como ele mesmo. No início ele recusou o convite, por nunca ter atuado antes. Mas Wahlberg o convenceu com o argumento de que, sendo O’Keefe um ex-policial, ele estava acostumado a pensar e agir rápido.